De volta ao trabalho. — Irina Marques – Arte & Pensamento

De volta ao trabalho. — Irina Marques – Arte & Pensamento

Voltamos ao trabalho e, por aqui no wordpress, já vi uma ligeira mudança – este fantástico editor de texto que se impôs ao clássico. Cada vez mais, a equipa de wordpress, deve pensar que somos todos web designers e programadores para entender o funcionamento destas novas ferramentas, mas adiante…

As minhas férias foram, sem duvida, revigorantes. Sempre que me encontro longe do computador e quadros consigo descansar um pouco a cabeça. Apenas com o olhar fotográfico e um pequeno caderno e caneta, ajudou a registar e organizar muitos dos meus pensamentos que andavam aqui a mexer com o meu bem estar.

Este ano as minhas férias foram passadas no Algarve, mais precisamente em Manta Rota, optamos por não sair do país devido à situação em que nos encontramos, e não só, este ano foi um ano em que a minha vida mudou um pouco, talvez até muito, tivemos que por certas prioridades à nossa frente e organizarmo-nos de outra forma.

Hoje, o meu post irá levar um pouco pelo caminho que tomei durante as férias, muito dele partilhado no stories e fotos no instagram e em pequenos posts de fotografias aqui no blogue.

No meu primeiro dia de férias, percorri o meu país de Norte a Sul, com uma paragem em Lisboa – digamos que seis horas a andar de carro, cerca de 700 kms. Ainda tive a sorte de chegar Às 5.30h, hora em que toda a gente saía da praia, finalmente, consegui pôr os meus pézinhos na areia e tomar o meu primeiro banho de praia – conforme disse várias vezes, eu moro perto da praia aqui no Norte, mas não me atrevo nem a ir à água nem a por os pés na areia que mais parecem pedras.

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Pequeno momento, enorme felicidade. Esses pés, são mesmo os meus.
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Primeiro mergulho do ano. E como a agua estava boa… Apensar de me sentir a nadar no caldo verde, deixo o link para quem não souber o que é caldo verde. Esta é das poucas fotos que me atrevo a postar sobre mim, fi-lo porque realmente estava muito feliz.

Ficamos num alojamento da Airbnb, nunca tinha marcado nem sabia o que esperar, posso dizer que a experiencia foi maravilhosa. A casa situava-se a poucos metros da praia, 3 minutos a pé e estávamos lá, perto de supermercado, multibanco, cafés e restaurantes. O alojamento tinha tudo o necessário e mais alguma coisa. Foi uma experiencia, sem duvida, a repetir.

O segundo dia foi passado totalmente na praia da Manta Rota, onde descobrimos que havia conquilhas. Ora bem, um pequeno à parte sobre este assunto, apanhar conquilhas é um vicio, um passatempo (especialmente para pessoas que não foram feitas para estar na toalha a apanhar banhos de sol), é uma distração e uma das minhas refeições preferidas nas férias. A questão que se levanta é que quando foi altura de ir apanhar conquilhas, toda a praia, teve a mesma ideia, digamos que a apanha não deu em quase nada. Só o pudemos fazer no final da manhã, quando as temperaturas começaram a ficar muito altas, estivemos pouco tempo e paramos. Digamos que escaldão e problemas de pele não estavam nos meus planos. Há tarde só voltamos por volta das 5.00h quando era possível suportar o sol – atendendo a que nunca apanhei sol este ano.

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Pequeno detalhe das tao características chaminés do Algarve, e o pormenor curioso de ter apanhado a lua.
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Assim se encontrava o mar à tarde. Achei curioso alguém me referir nesse dia, que o mar estava bravo. Não estava, por norma a nossa costa, no Algarve tem esta ligeira ondulação, provavelmente estava um pouco mais turbulento devido às marés vivas que tinham ocorrido à poucos dias antes.

No terceiro dia não podia deixar de visitar o meu local preferido do Algarve – a ilha de Tavira. Por norma, costumo acampar lá, e a minha juventude foi passada a ir todos os anos para o parque de campismo desta ilha. Aqui fiz grandes amizades de férias, vivi inúmeras aventuras e possuo as melhores recordações de pessoas e situações (ah… tempos de juventude).

Deixo uns pequenos registos fotográficos deste belíssimo local, onde só é possível ir apanhando um barco. A ilha de Tavira ainda é muito “primitiva”, situa-se numa zona protegida da Ria Formosa. Num lado da ilha é banhado por mar e praia, o outro por ria e um pinhal. Deixo um pequeno apontamento fotográfico do local.

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Cais de Quadro Aguas, onde se apanha o barco para ir para a Ilha. Lá ao fundo já é possível avistar.
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Ambiente da Ilha de Tavira.
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Este ano, o parque de campismo que durante tantos anos acampei, encontrava-se encerrado. Devido a esta situação a ilha estava com menos gente que o habitual.
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A praia, extensos areais de areia fina, limpa e de ambiente único.
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Praia.
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O outro lado da ilha, o pinhal, parte que se encontra voltada para a Ria Formosa.
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Ambiente no pinhal. Ótimo sitio para descansar quando o sol se encontra no seu auge. É um local fresco.

Também seria importante referir que esta praia e ilha são de uma limpeza que se deve valorizar. Todas as praias do Algarve encontram-se equipadas com caixotes de lixo para reciclagem, e com frequência são trocados. Achei interessante o conceito de fazerem um peixe em escultura de metal, com o seu interior vazio e espaçoso para se colocar garrafas de plástico.

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Vista para a Ria Formosa.

Nesse dia, já para o final da tarde decidimos ir jantar a Monte Gordo, que se situa a 8kms de Manta Rota. Fomos jantar ao restaurante Por do Sol, onde se come muito bem peixe fresco e os funcionários são extremamente atenciosos.

O quarto, quinto e sexto dia, foram passados em Manta Rota. A praia de Manta Rota surpreendeu-me pela positiva. É uma praia muito limpa, com grande extensão de areia, não precisamos ficar em cima das outras pessoas, com a maré baixa podemos caminhar junto à água e vir o que ela nos trás.

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Praia da Manta Rota.
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Sereno.

E foi nessas caminhadas que descobri algo que me deixou entusiasmada, a poucos minutos da praia concessionada da Manta Rota, na direção da Ria Formosa, numa praia mais primitiva, havia forma de apanhar muitas conquilhas. Finalmente proporcionou uma grande refeição deste marisco tão bom que só encontro no Algarve.

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Caminhando junto ao mar.
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As conquilhas.

Outras curiosidades foram aparecendo, e como gosto muito destes pequenos animais que se encontram na nossa natureza em ambientes naturais deixo dois registos.

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Camaleão-comum, espécie que só existe no Algarve e encontra-se em vias de extinção.
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Este pássaro tão engraçado chama-se Pilrito da Areia, e parece elétrico, anda pela areia e pela beira mar, a fugir das ondas, à procura de alimento – o piolho da areia.

No sétimo dia, resolvemos ir dar um passeio pelo Algarve, era um domingo, não é propriamente os meus dias favoritos de ir à praia. Fomos ao tão conhecido Frango da Guia, à Praia da Rocha e a Lagos.

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Franguinho da Guia, uma especialidade do Algarve, mais precisamente da Guia.
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Praia da Rocha

Ao chegar a Lagos optamos por fazer um passeio de barco pelas falésias e grutas deste local. Falarei delas num outro post, porque foi uma viagem que valeu a pena de ser feita e merece ser descrita. Já foi a segunda vez que a fiz, mas desta vez, queria proporcionar ao meu companheiro estas vistas incríveis que marcam a nossa memória pela sua beleza única.

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Vista do barco, em Lagos. Em direção às falésias.
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Beleza natural, os formatos incríveis das falésias das nossas costas portuguesas.
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Dentro de uma das grutas.

No oitavo dia fomos, à tarde, novamente dar um passeio, desta vez para o lado oposto – Monte Gordo e Vila Real de Santo António (que já faz fronteira com Espanha).

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Pequeno detalhe de um edifício em Monte Gordo.
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Farol de Vila Real de Santo António.
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O rio Guadiana que separa Portugal de Espanha no sul do nosso pais.
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Detalhe de um edifício em Vila Real de Santo António.

Á noite, descolamo-nos a Olhão, para um reencontro com uma amiga de juventude dos tempos da ilha de Tavira, existem laços formados nos períodos de férias que nunca mais foram cortados, nem nunca serão apesar das distancias. A ilha de Tavira, reuniu um grupo enorme de amizades que irão prevalecer e acompanhar durante o decurso da minha vida.

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Mercado de Olhão.
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Restaurante ao qual fomos jantar – Há do Amador. Aconselho vivamente este restaurante em Olhão, tenho obrigatoriamente que fazer referencia devido à qualidade da comida, peixe fresco e de qualidade e simpatia dos funcionários, um atendimento sem igual. Outra situação a referir é a decoração interior do mesmo, é algo de fascinante, não aparenta estarmos num restaurante mas sim numa lota. É verdadeiramente fantástico.

No nono dia, puxei a criança que há em mim e nas pessoas que me acompanhavam e fizemos uma investida ao parque aquático Slide & Splash do qual só tenho a dizer maravilhas, nesta altura em que o vírus covid ainda faz vítimas e assola o país, este parque aquático tem medidas de distanciamento social, limpeza e higiene que nunca vi em lugar nenhum. Para além que tem escorregas que proporcionam um dia inteiro de diversão sem os repetir.

Claro que, no décimo dia, não nos iriamos conseguir mexer, depois das aventuras do dia anterior. Passamos a manhã na praia de Manta Rota, para nos despedirmos dela e à tarde fomos a Cancela Velha, local onde começa a ria Formosa, de belíssimas paisagens de a vila que mantem os traços arquitetónicos tão característicos do Algarve.

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Cancela Velha, Algarve.
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Cancela Velha.
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Cancela Velha
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Pequenos detalhes, Cancela Velha.
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Vista para a Praia da Cancela Velha e Ria Formosa.
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Praia da Cancela Velha e Ria Formosa.

Há noite, e para acabar as férias, decidimos ir dar um saltinho até à cidade de Tavira, uma das minhas preferidas do Algarve. Reavivar memórias, viver momentos e inesperadamente conhecer uma pessoa com quem eu falo á anos na internet. “Estou na tua cidade”, “Então espera aí que vou ter contigo”, foi interessante e engraçado.

Estes foram, alguns momentos passados no Algarve, de 7 a 17 de Setembro, o que me proporcionou um bom descanso, novas memórias, velhas recordações, novas aventuras e um olhar relaxante e descansado nesta tão importante altura do ano que são ás férias.

De hoje em diante, voltarei a estar activa no wordpress e a seguir novamente os vossos blogues que interrompi durante estes dias.

Obrigado por me acompanharem.

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33 thoughts on “De volta ao trabalho. — Irina Marques – Arte & Pensamento

  1. Ai, que saudades! Gosto tanto do mar. Este ano não deu e acho q não vai dar.
    Eu nunca tomei banho para este lado do Algarve, mas já estive passeando.
    Vc está bem. Feliz e tranquila. Refletirá no seu trabalho artístico.
    Estou lendo A Sutil Arte….rsrs Bem, a linguagem é polémica, mas tem razão no que diz.

    1. Qualquer dia Miau, terá com certeza a possibilidade de voltar às nossas praias do Sul, e sim, tomará um banho nestas águas (mais quentes que o norte mas não tão quentes como as do Mar Mediterrâneo). Compreendo as suas saudades de ver o mar, partilho das mesmas quando não tenho possibilidade de o fazer, há algo tranquilizante no som, no cheiro, na envolvência que nos “carrega uma pouco as baterias”.
      Voltei de férias a pensar muito nos meus projetos artísticos, sim, com novas abordagens e pensamento que me vão requerer muito esforço e organização para os conseguir concretizar. Só o futuro o dirá.
      A minha vida vai sofrer muitas mudanças no final deste ano, e vou aproveita-las para tentar me esforçar um pouco mais. Viver de artes não é nada fácil.
      Espero que esteja a gostar do livro, sim, a linguagem é um pouco “crua” mas não no ponto que seja mal educado, chamaria-lhe mais “por alguns pontos nos i’s”, é muito realista sem ser exaustivo. Gostaria de ver uma critica sua sobre esse livro, no futuro 😉
      Um beijinho grande e espero que esteja tudo bem consigo e familia.

  2. Gosto muito do Sotavento Algarvio, zona que conheço muito bem e revisito, praticamente desde que nasci. Acho Cacela Velha um “tesouro” 🙂
    P.S. Ainda não publiquei nada com este novo editor. Estou a descobri-lo primeiro, mas a “aventura” promete eheh

    1. A Cancela Velha é, sem dúvida um “tesouro” e espero que assim se mantenha para sempre, ficou na minha lista de locais preferidos do Algarve. Constando nela Lagos, Tavira e Manta Rota.
      Este novo editor é um pouco “facilitador de vidas” mas não nos permite “fazer o que queremos”, é como se tivessem a tentar homogeneizar os textos. Não é difícil, só não é criativo.
      Um abraço ;9

  3. Geniales esas fotos, y un lugar muy bello, todo una preciosidad Irina, venga, me alegro ver fotos y lugares tan majos,
    Un abrazo de Valencia,
    Francisco

    1. Muito obrigado Francisco, sim é um lugar de muita paz e tranquilidade. Natureza, praias e sim, de uma magia única. Fico feliz pela tua apreciação amigo.
      Um abraço forte.

      1. Un placer Irina, y tienes razon, se nota que es un lugar con mucha paz y tranquilidad donde se goza de la naturaleza y la magia que eso siempre trae.
        Un abrazo
        F.

  4. Ainda bem que as férias ainda foram no tempo certo e que permitiram desfrutar devidamente das deliciais algarvias, seja no corpo/pele seja também no olhar e na mente.
    Obrigada por partilhar o itinerário, detalhes, algumas referências objectivas e especialmente um belíssimo conjunto de imagens bem representativas da região.
    Sem dúvida uma excelente pausa antes de iniciar um novo ano de trabalho.

    Sobre o WP…fiquei em pânico quando de um dia para o outro tudo estava diferente. E eu que percebo o básico disto, que fazer?
    Respirei fundo……….e comecei a investigar aos poucos, pois o que estava em causa era continuar ou não o “discretamente”. Mas lá fui seguindo. Nesse caminho, fiz, desfiz, esqueci-me do que fiz, recomecei, enganei-me, e recomecei novamente, irritei-me, praguejei com o WP , etc, etc, etc, etc
    Mas consegui chegar onde queria, ou seja, apenas ao que fazia antes. Para já não quero mais nada. As explorações para novos caminhos…talvez qualquer dia!

    1. Dulce, faço-lhe um pedido pessoal. Por mais dificuldades de edição nunca deixe o seu blogue. É muito inspirador e com muito conteúdo, artistico, poético, informativo e de uma doçura e beleza única.

  5. Belas Ferias querida Irina, me inspirou a fazer algo também nas minhas apesar de que ainda a pandemia ainda faz vitimas como voce falou. E quando eu li a palavra conquilhas, fiquei a me perguntar o que eras. aqui nos chamamos de mariscos. rsrsr

    1. 🙂 Mariscos aqui abrange uma variedade muito grande de moluscos e outras coisas desde – camarão, conquilhas, ameijoas, perceves, lingueirão, mexilhão.. etc. É um pouco tudo o que habite na orda mar.
      Espero que esta situação passe rápido Ed, para poder disfrutar e desanuviar a cabeça em novos lugares.
      Um beijinho.

  6. ora bem Irina 🙂 também já tinha notado que o pessoal do wordpress gosta de nos desafiar… boa semana e bom regresso ao trabalho eheh PedroL

  7. E que excelente mostra do Algarve de lés-a-lés, que o mesmo é dizer do barlavento ao sotavento, a espelhar que as férias foram recheadas de belas imagens e boas emoções.
    Inspiradoras como se deseja num regresso que se saúda.
    Obrigado.

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